4 de fevereiro de 2011

Da noite de ontem...


Ontem foi "a" noite...

Foi aquela noite em que tu, no timing certo me ligaste e me convidaste para jantar e beber uns copos para aliviar a cabeça... Foi aquela noite que começou de uma maneira muito agradável e serena, aquela noite em que te fartaste de falar (como é hábito de quando estás bem), aquela noite em que falámos de muita coisa durante o jantar, aquela noite em que um olhar vale mais do que mil palavras e aquilo que eu pensava já tu tinhas dito...

Foi também a noite em que tivemos uma das conversas mais difíceis e simples ao mesmo tempo, aquela conversa que nunca tivemos porque não queríamos complicar, aquela conversa que evitámos durante 2 anos, aquela mesma conversa que tu por vezes começaste e eu nunca quis acompanhar porque há certas coisas que mais vale ficarem na minha imaginação e não saírem da tua boca...

Mas ontem saiu tudo, tudo aquilo que eu penso e sinto, tudo aquilo que tu pensas e gostavas que acontecesse, todos os medos que temos e as certezas que pensamos ter...Tu disseste, tudo o que eu imaginei nos meus maiores devaneios, tu sentiste aquilo que disseste, tu disseste tudo sentido, eu senti cada palavra tua e tu sentiste cada palavra minha...

Partilhámos as certezas que temos da nossa existência quer conjunta quer individual, porque no fundo não passamos disso mesmo, duas pessoas muito parecidas e que, eu ia jurar, com o mesmo destino, mesmo que esse mesmo destino não seja em conjunto...

O entendimento e o sentimento foi tão grande que eu ainda hoje me arrepio cada vez que passo a nossa conversa em revista de uma ponta à outra... Nunca sequer me passou pela cabeça que conseguíssemos pôr assim, daquela maneira, as cartas todas em cima da mesa, sem mais nem menos, como uma coisa banal...

Ontem, senti que significo qualquer coisa para ti e que te preocupas comigo e connosco... ontem senti o meu amor por ti dar um salto de gigante (se é que ainda é possível), ontem senti. que há alturas em que conseguimos ser um só e que nos completamos de uma maneira que não julguei ser possível... e quando fecho os olhos e vejo os teus olhos quando me disseste tudo o que eu queria ouvir da maneira mais banal e ao mesmo tempo sentida... aperta-se-me o coração de uma maneira que não consigo explicar...

... your heart beat calms me...


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