6 de dezembro de 2012

E hoje de manhã... (Para ti...)

Levantei-me contra vontade a pensar porque raio não tirei eu o dia de hoje de férias também, fiz a minha rotina diária e esperei pela tua mensagem de bom dia que não chegou. Fui para o escritório a pensar que afinal as coisas ontem tinham ficado mesmo feias e que te estavas a vingar. Pensei "eu sou forte, não hei-de morrer pela falta de uma mensagem" mas ao mesmo tempo a cabeça começa a pensar que te pode ter acontecido qualquer coisa e começo a ficar preocupada... 
Dez minutos depois de teres chegado ao escritório, ligas-me. Eu armo-me em durona e penso, não vou discutir já a esta hora da manhã. Não atendo. Dois minutos depois voltas a ligar, eu respiro fundo e atendo. E tu dizes "Onde vamos beber café? Estou aqui à porta do teu escritório, podes descer...".
Nos segundos que levei a agarrar na carteira, no tabaco e nas chaves e a descer as escadas passaram-me mil e quinhentas coisas pela cabeça, quase todas elas más. Porquê? Porque tu nunca deixas de mandar a mensagem de bom dia, porque tu nunca me ligas de manhã e porque aquela hora tu devias estar a trabalhar... Não sei como consegui descer as escadas nem equilibrar-me nas pernas enquanto esperava que atravessasses a rua e chegasses ao pé de mim. Quando finalmente chegaste ao pé de mim eu tinha o coração na garganta, a respiração sustida e estava à espera que finalmente soltasses a bomba, ainda agora enquanto escrevo isto fico nervosa...
Tu chegaste ao pé de mim, sorriste e deste-me dois beijinhos, como manda o protocolo. E a seguir eu disse: "O que se passa? O que aconteceu? Porque é que estás aqui??" e tu voltaste a sorrir e disseste "Não se passa nada. Apeteceu-me ver-te". Acho que só nesse segundo o meu coração voltou a tentar recuperar as batidas normais, apesar de só o conseguir prai meia hora depois.... 
Eu, ainda com os pés pregados no mesmo sitio tentei articular "Mas não me mandaste mensagem de bom dia. Devias estar a trabalhar. Não é normal fazeres isto" ao que tu voltaste a sorrir e disseste "Eu não sou normal, já devias ter percebido que sou diferente".
E pronto, lá fui eu meia aparvalhada pedir 2 cafés, voltei com os cafés nas mãos e juro que pensei que não ia chegar com eles inteiros à mesa onde me esperavas, tal era o que eu tremia... mas pagava para ver a tua cara a olhar para mim outra vez... Acho que achaste piada à situação... Eu também achei mas muito tempo depois, só depois de recuperar a pulsação e de o sangue voltar a correr nas minhas veias a um ritmo normal...
Fica aqui o registo do que senti... aliás, da maneira como me fazes sentir, que achei que seria impossível alguém conseguir. E é por estas e por outras que quando vi, estava apaixonada por ti. Sem saber como, nem quando, nem porquê... Apenas sei que sim.

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